“Pode a subalterna falar?”: um estudo de Parque Industrial, de Patrícia Galvão

Este trabalho objetiva desenvolver um estudo do romance Parque Industrial, de Patrícia Galvão (1933), a partir de uma interpretação da obra como uma tentativa inicial de dar voz às mulheres pobres e negras brasileiras dentro da literatura nacional. Para tanto, para além da crítica coetânea e posterior ao romance, serão considerados estudos sobre as condições de escrita da mulher e das figuras marginais, como os de Woolf (2004), Gilbert e Gubar (2000), Duarte (2016) e Dalcastagnè (2015). Ademais, além da obra da autora paulista, outros romances relevantes serão mencionados à medida que colaborem para reconstruir os diálogos sobre a constante exclusão que se dá/deu dessas figuras subalternas e/ou excluídas nos textos literários brasileiros.This work aims to develop a study of the novel Parque Industrial (Industrial Park), by Patrícia Galvão (1933), from an interpretation of the work as an initial attempt to give voice to poor and black Brazilian women in Brazilian literature. Therefore, in addition to contemporary and posterior criticism of the novel, studies on the writing conditions of women and marginal figures will be considered, such as: Woolf (2004), Gilbert and Gubar (2000), Duarte (2016) and Dalcastagnè ( 2015). Furthermore, as well as the work of this author, other relevant novels will be mentioned as they collaborate to reconstruct the dialogues about the constant exclusion that occurs/has been given to these subaltern and/or excluded figures in Brazilian literary texts